23 de jul. de 2019

[Crítica - Filme] I Am Mother

Hoje quero falar de um filme que se enquadra em um tipo de filme específico que eu gosto: filmes sobre inteligência artificial. Resolvi então, dar uma chance ao novo filme da Netflix dessa temática, e assim assisti "I Am Mother", e fiquei bem dividido.


A trama trata da história de uma robô que, após a extinção de nossa espécie, começa a criar uma criança humana, porém fazendo diversos testes mentais e éticos com ela. Tudo se passa até então dentro de um abrigo subterrâneo de alta tecnologia, pois a "Mãe" diz que a superfície está contaminada. Até que um dia, uma mulher aparece contradizendo tudo que foi contado até então.
O filme então se torna uma espécie de duelo intelectual entre a humana e a robô, no qual as duas tentam manipular a "filha" a entender o que realmente está acontecendo fora do abrigo. Agora, vou me reter a falar sobre a trama para não dar spoilers, pois o filme consegue ao mesmo tempo dar pistas e enganar o expectador sobre o que realmente está acontecendo e quem está mentindo.

Com uma direção precisa e em certos pontos, bem sutil, o filme desenvolve lentamente. Alguns momentos, as pistas são bem discretas, mas em outras nem tanto, principalmente uma pista que está logo no início do filme que se prestar atenção dá pra entender rapidamente.
Agora, o grande mérito está nas atuações, da Hilary Swank e da voz de Rose Byrne como a robô "mãe", ambas expressam bem suas emoções. A forma como cada uma manipula a personagem de Clara Rugaard é diferente e interessante de forma que queremos saber quem tá falando a verdade e qual o objetivo de cada.

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O final do filme é interessante e abre para diversas perguntas, o que vi que gerou alguns descontentamentos perante o resultado, enquanto outros gostaram da forma como tudo se resolve, grupo o qual eu me incluo.
Porém, achei que em alguns momentos, o filme perde um pouco a mão e o terceiro ato pode soar clichê pra quem já tá acostumado com o gênero.

No geral, é bom dar uma chance a essa obra, que tem diversos questionamentos interessantes sobre a humanidade e um bom desenrolar, além de ser uma boa introdução à esse gênero em específico da ficção científica, que pode ser mais atual do que nunca!

18 de jul. de 2019

[Crítica - Filme] O Rei Leão


Antes de tudo: a opinião é uma coisa pessoal, então sem me xingar nos comentários.

Com isso dito, vou logo jogar a bomba: não, eu não gostei da nova versão de "O Rei Leão". "Ah Henry, mas você não gosta da versão 1994? É a mesma coisa", sim, eu amo a versão de 94, e por isso que não dei zero para esta nova, pois ela tem exatamente as mesmas falas, os mesmos ângulos, mesmos personagens, e por essa consideração eu consegui pelo menos rir e relembrar da minha infância vendo o filme, porém, um filme não se segura apenas pela nostalgia, e sim pelo que ele entrega em geral.

Eu ainda sou um desses que é extremamente contra esta leva de remakes da Disney, e a nova versão da história do Simba é a síntese de tudo que repudio.
O filme praticamente desmerece a "magia de um filme de animação", pois acha que ser "realista" é que torna um filme "de verdade", e faz um filme cinza, sem o abstrato que a animação possui além de ter personagens sem expressões, por serem extramente realistas (Salvo o Timão, que consegue ser extremamente expressivo).
Quando um filme é feito, é necessário analisar qual seu formato. Nem tudo da animação funciona em Live-Action e vice-versa (e deixando claro, que "O Rei Leão" (2019) não é live-action, e sim uma animação simulando com o extremo realismo). O filme imita tudo que a animação faz, porém claramente sem o que fazia o clássico ser marcante, então não tem nada para reclamar da história, pois é exatamente a mesma nos mínimos detalhes.

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Além do mais, o filme tem meia hora a mais do filme original, ai você se pergunta "do quê?", e eu respondo com um grande "nada", absolutamente nada, apenas uma música nova da Beyoncé para concorrer o Oscar.
No geral, daqui a alguns anos, quando me perguntarem qual "O Rei Leão" continua na minha cabeça sem envelhecer, eu vou responder em alto e em bom som a versão de 1994, e continuo a recomendar o clássico.
A verdade, é que a Disney fez como o Pumbaa, fez o novo filme e e deixou o original, como um traseiro: para trás.

E você? O que achou da nova versão de "O Rei Leão"? Acha que eu fui duro demais?

10 de jul. de 2019

[Crítica - Série] Stranger Things 3

Uma semana depois do lançamento, tá na hora de falar (sem spoilers) finalmente sobre a terceira temporada de Stranger Things (2019).
Vou logo chegar dizendo que fiquei muito no meio termo, nem amei, nem odiei.


Nos quesitos técnicos, a série tá incrível. Eu realmente amei o visual dos monstros novos, a arte flertando mais ainda com o neon muito usado nos anos 80 e o último episódio é tão bem filmado que é melhor que muito filme por ai. Porém, quando chegamos no roteiro, temos muitas coisas que me tiraram da trama.

Sei que a série flerta com a inocência dos filmes de aventura dos anos 80, como Goonies e tal, mas em alguns momentos, principalmente com todo o arco relacionado ao esconderijo russo, eu achei que foi besta demais (por mais que os personagens sejam incríveis). O meio eu achei muito enrolado.

A trama está repetitiva já. Por mais que as ameaças se renovem, de novo fechar portais? Sério?
Se o expectador não se ligar tantos nos personagens, que é o principal acerto da série, é difícil se conectar. A personagem da Maya Hawke é inclusive a melhor adição da série nessa temporada. Além do mais, aos que acompanham a série, fiquem prontos para simplesmente eles pegarem dois ganchos da temporada anteriores e jogarem fora.
Além do mais, o jeito que o arco do Hopper foi construído, me incomodou demais. Eu não consegui senti empatia por ele, pois deixaram ele meio besta e repetitivo nessa temporada resultando em um final, sem graça pra mim.
E sabe qual a pior parte?
Foi muito tranquilo de assistir! Me diverti em ver os personagens que gosto em tela e ainda quero ver mais, por mais que a série já demonstre um cansaço.
Stranger Things já conseguiu ser aquelas séries divertidinhas, que passa o tempo, tu quer saber aonde os personagens vão parar, porém que se reduz a isso, pois se você parar pra pensar demais, ela vai pode quebrar... E o que você achou da nova temporada de #strangerthings?

4 de jul. de 2019

[Crítica - Filme] Homem-Aranha: Longe de Casa

Sabe quando estás brincando na rua da de casa e sua mãe pede para sair e comprares o pão e você fica chateado? Imaginem essa responsabilidade multiplicada por mil e esse é o karma de ser Homem-Aranha.


Tom Holland consegue mais uma vez convencer como o garoto de 16 anos no colégio que apenas quer a sua vida normal, mas que a cada dia precisa aprender a lidar com a sua responsabilidade perante seus poderes. É possível sentir tudo isso no filme, o quanto ele quer poder aproveitar a sua vida e o quanto seus poderes aracnídeos o atrapalham.

De novidade no filme temos Jake Gyllenhaal, que consegue fazer uma atuação canastrona perfeita e que super combina com seu personagem. Mysterio nos quadrinhos tem todo esse ar de "super vilão de segunda categoria", e o filme o transforma em uma grande ameaça sem perder essa característica. Meu maior receio em relação ao personagem era como o filme adaptaria suas ilusões surreais para as telonas, e para minha surpresa: fez isso extremamente bem, tornando essas as melhores cenas do filme... E que cena pós crédito foi aquela? A cereja do bolo!

Outro ponto a ser exaltado é o casal principal, Peter e MJ. Eu me peguei torcendo pelo beijo final como à tempos não torcia. A química entre os dois é funcional, e por mais que não seja a mesma que cresci lendo, me cativou muito por todo o contexto entregue.

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O maior problema do filme, na minha opinião, é a forma como eles estão se apoiando demais ainda na figura do Homem de Ferro, o que as vezes pode ser exaustivo. Além do mais, o roteiro claramente tem uns momentos de soluções bestas e Deus Ex Machina óbvios demais para engolir, principalmente a sequencia no bar inteira (Vocês saberão). É daqueles filmes que é melhor não se perguntar demais por alguns detalhes depois da sessão.

Mesmo com isso, o filme tem um saldo extremamente positivo, entregando uma aventura empolgante e digna aos fãs do cabeça de teia! Que venha a próxima aventura do herói e a nova fase para o Universo Marvel no Cinema!