4 de dez. de 2020

Jovens Titãs: Ravena

    Começar de novo nunca é fácil. Após perder sua mãe em um acidente de carro, Rachel, conhecida como Ravena, uma jovem de 17 anos se muda para viver com uma família adotiva em Nova Orleans. Lá ela  passa pelo básico da vida, entrar no colégio, fazer amizades, ir ao baile, e descobrir que seu pai é um demônio diretamente do inferno. Só o básico...

Amadurecimento
    Mais do que uma história de super-herói, Ravena é uma história de heroísmo minimalista. A gente sempre enaltece grandes atos de escalas mundiais, mas e o heroísmo de se salvar? Ravena está a cada dia tentando entender quem ela é, e em um ambiente colegial, ela precisa se salvar sobre quem ela foi e enaltecer quem ela quer ser.

Essência do ser
    Existe todo um questionamento sobre predestinação. Ravena tem um destino muito definido devido à essência maligna de seu pai, porém, após a perda da memória, ela não sabe se antes ela era à favor ou contra sua missão. Agora tem o poder mais relevante de toda a história, mais que a metafisica, o poder da escolha.

Representatividade
    E pensem numa obra que consegue ser ampla nisso. Desde simples passagens mostrando relacionamentos LGBTQ+ quanto a forma como a protagonista não é uma garota estereotipada. Mas o maior charme narrativo é a forma como a cultura negra de Nova Orleans é inserida. Temos uma naturalidade com muitas críticas ao racismo, e isso é de extrema importância para o final.

Arte
    É alguma surpresa enaltecer o trabalho do brasileiro Gabriel Picolo? Sua arte atmosférica, que transmite o clima sobrenatural da obra, a tristeza do passado, o medo do futuro e a incerteza do presente, é incrível. As páginas se mantem em tons cinzas, focando em coisas de destaques no momento certo. O traço é fluido e dança na nossa frente, entregando uma mescla perfeita com a história.

Empatia
    Ravena é uma obra empática em todos os níveis. Imersiva em sua arte, acessível em sua narrativa e faz com que nos sintamos na pela da protagonista, em uma jornada pessoal em busca de suas raízes e de qual será o futuro agora. É uma obra genial e que está tendo uma continuação focada no Mutano, e quero ler assim que possível!

19 de fev. de 2020

[Crítica - Filme] Clue - Os Sete Suspeitos (1985)


Pra quem não sabe: Sou louco por histórias de detetive. Cresci lendo diversas obras da Agatha Christie e do Arthur Conan Doyle, então me sinto na obrigação de sempre ver as histórias que carregam essa temática! E quando vi que existia um filme que adaptava o clássico jogo de tabuleiro "Detetive", fiquei pasmo comigo mesmo de nunca ter assistido!

O filme tem TODOS os elementos que vocês podem imaginar do jogo: Os personagens como Coronel Mostarda, Dona Branca, o Mordomo, e etc; As armas, candelabros, cordas; e os locais, a mansão é extremamente bem explorada no filme. Tudo de mais clichê numa história clássica de detetive também se encontra aqui, como passagens secretas.

Resultado de imagem para clue 1985Toda a trama se desenrola quando 6 pessoas são convidadas à uma mansão de um cara, sendo que todas estão conectadas (e inicialmente não sabemos o motivo). Em dado momento, cada um recebe um objeto (as armas do jogo). E do nada, um morre. Com isso, sem com que eles possam sair da casa, é preciso eles descobrirem, e nós, o público também, quem é o assassino. E sim, eu me empolgo demais com esse tipo de descrição.

Talvez, para os padrões de hoje, o filme tenha ficado clichê, e algumas piadas envelheceram mal, porém, o clima clássico de investigação, a ideia da gente ir acompanhando e se perdendo junto, em uma história leve e cheia de bom humor (o filme soube muito bem dosar seu clima, que não é nem infantil nem muito adulto).

E bem, o motivo de eu ver logo esse filme é que vão em breve fazer uma nova versão dele, com o Ryan Reynolds. Ainda não sei o que opinar sobre isso, mas recomendo a todos buscarem esse filme e se divertirem com um clássico com cara de sessão da tarde.

Obs: O filme tem três finais diferentes que foram exibidos em diferentes cinemas, assim como um jogo de tabuleiro, o que é genial.