12 de fev. de 2019

[Crítica - HQ] O Mágico Se

Hoje vim apresentar sobre o terceiro dos quadrinhos paraenses que estou trazendo nesta página: "O Mágico Se".
O quadrinho tem uma pegada altamente surreal e consegue misturar um universo fantástico com problemas do nosso cotidiano.


Com claras inspirações no surrealismo e em Sandman, “O Mágico Se” foi criado para despertar em seus leitores um questionamento social e ao mesmo tempo os convidar para uma jornada fantástica, na qual podemos ver cachorros falantes e astronautas além de perceber o quão próximo esse universo é da gente!

Esse compilado de histórias consegue mesclar entre as coisas mais fantasiosas, no qual temos uma história sobre maternidade/paternidade em um multiverso bem peculiar e também temos histórias mais pé no chão que conseguem causar um choque de realidade mostrando a dificuldade em viver na periferia. Outra, que envolve um astronauta, consegue te mostrar a ingenuidade e ganância do ser humano. São tantas camadas que se eu explorar demais pode ser spoiler para os que ainda vão ler. 


Quero destacar que além dessa revista o grupo está iniciando e deseja crescer ainda mais. Eles começaram com a página do Instagram na qual eles publicam tirinhas e vale muito a pena acompanhar e ver o trabalho deles. Conheci e vi palestra com alguns dos membros do grupo e é incrível o potencial que essas histórias tem.

Se vocês quiserem conhecer mais, sigam @omagicose no Instagram e se prepare para segurar a mão do mágico embarcar nessa viagem psicodélica.

7 de fev. de 2019

[Crítica - HQ] Simplesmente Eneida

E continuando nossa trilogia de quadrinhos paraenses, agora vamos para o segundo: "Simplesmente Eneida".
O quadrinho homenageia a grande escritora paraense Eneida de Moraes, contando com seis pequenas histórias que adaptam seus contos e um que foca em uma ideia que a escritora progrida em diversas de suas obras.


Eneida de Moraes foi uma grande escritora, jornalista, pesquisadora, militante política e grande figura na era do “Estado Novo” na Década de 30/40. Uma figura tão importante que seu nome ecoa de uma forma tão poderosa que ser referida como simplesmente Eneida, e é com essa expressão que temos uma obra em quadrinhos importante sobre essa grande mulher!

Com seis pequenas histórias, o quadrinho “Simplesmente Eneida” transmite a mensagem da escritora de diversas formas, hora com histórias fantasiosas em uma cabeça infantil, hora como um conto de época e hora como um conta cyberpunk sobre revolução. E mesmo havendo uma Eneida diferente em cada história, a mensagem está lá e permanece incrivelmente atual.

A obra foi feita pelo Coletivo Purumã, em um laboratório de quadrinhos. Cada conto teve desenho e roteiro por um artista, o que gera um ritmo bacana, no qual é possível sentir bem cada estilo e linguagem. As histórias são curtas, com pouco mais de 3 páginas, e mostram o quanto a memória da autora paraense continua viva.


A revista foi feita pelo @coletivopuruma em um laboratório de quadrinhos, e contou com os seis artistas: @adrianolimaart @srkoema @1mashirou @ticodemelo @tysilva_ e @dois.oliveiras
A obra consegue ser atual ao mesmo tempo que presta homenagem ao passado, com visões criativas e artes lindas para os contos.

2 de fev. de 2019

[Crítica - HQ] O Poderoso Máximus

Hoje quero começar a falar sobre alguns quadrinhos daqui da minha terra, Belém do Pará. Vou começar então falando do primeiro super herói que conheci em quadrinhos aqui, o Poderoso Maximus! Conheçam um pouco mais dessa obra e do seu criador: Alan Yago e aguardem, porque ainda teremos mais duas publicações de alguns quadrinhos daqui!


Sinto que demorei a falar sobre esta obra, porém, eu precisava esperar o momento certo. E a importância dela, pelo menos pra mim, talvez esteja neste rápido parágrafo: ele foi o primeiro herói paraense que eu li.
Eu já lia os heróis da Marvel e DC e era fascinado por revistas em quadrinhos, porém, quando comprei a primeira edição de “O Poderoso Maximus” em Belém, vi que tinham pessoas que criavam heróis aqui.

Com cinco volumes até agora, “O Poderoso Maximus” conta a história de um herói que lembra demais o Super-Homem da DC Comics, porém esqueçam os raios nos olhos, pois ele solta energia pelas mãos!
A história pega diversos elementos de narrativas clássicas de heróis, com passagens de ação e até uma certa paródia ao gênero, que é muito bem vindo e dá um gás a obra. 

Com o transporte desse conceito para Belém, podemos ver uma regionalização do símbolo da esperança, não apenas em sua história, mas também em seu autor.
Alan Yango possui um blog: yangoverso.blogspot.com e em 2016 lançou “Esquadrão Amazônia”.
Espero que o personagem possa cada vez mais se popularizar e mostrar a todos que tem amor a alguma arte que devemos continuar criando, metendo a cara no sol e fazer o que amamos com orgulho.